terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Era digital pra que(m)?

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A contemporaneidade é pautada em zeros, uns e linhas de código. Se no início do século XIX a Revolução Industrial provocou uma ruptura no processo de comercialização, de educação e de dinâmica da sociedade, a Revolução Tecnológica do século XXI, através da popularização do computador pessoal e da internet trouxe à luz uma nova perspectiva de negócios, um novo processo de comercialização e uma drástica mudança no modo como a sociedade se relaciona com o advento das redes sociais e, principalmente, mudando a forma como a sociedade consome educação e informação. Segundo o IBGE (2016) mais de 116 milhões de brasileiros estão conectados à internet. Apesar do número expressivo de usuários com acesso à internet, mais de 94% a utiliza para redes sociais e pouco mais de 73% para assistir séries/filmes. As regiões Norte e Nordeste, na contramão de uma tendência nacional, estão abaixo da média de acesso tendo pouco mais de 50% de seus pertencentes com acesso à internet. Os números citados anteriormente são sintomáticos: as regiões mais pobres do país são também as que possuem pior média acesso à internet. E se acesso à internet na contemporaneidade significa também acesso à educação e, consequentemente, aos espaços de poder, é possível perceber uma discrepância de oportunidades entre as regiões do país, o que corrobora para a manutenção de uma histórica baixa mobilidade social entre as regiões.

Um comentário:

  1. Penso que o problema não está na mobilidade social e sim na gritante desigualdade social e entre regiões do país. A solução não é termos mais gente com mais dinheiro, pois isso continuaria implicando outros tantos com menos; agora, diminuindo a desigualdade, encurtando o gap, teríamos uma melhor condição de vida para todos, incluindo aí o acesso e uso das TIC

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